Durante uma viagem a Toronto, a brasileira Beatriz Zanatelli, CEO da empresa Lightouch, foi apresentada a Miryam Lazarte, CEO da empresa LatAm Startups, e conversou com ela o potencial para a Lightouch no trabalho da inteligência emocional das crianças no Canadá. Em março de 2019, ela se inscreveu no programa Scaleup Bootcamp e mais tarde concluiu o programa Softlanding como a sexta etapa.
Agora, ela foi aceita no Programa Startup Visa e outros dois aceleradores: Accelerator Center e CFC (Canadian Film Centre). Acompanhe este post e conheça um pouco mais sobre essa empresa e história!
O que é o Lightouch?
Lightouch é uma EdTech no segmento da indústria criativa. Esse termo é utilizado para se referir ao desenvolvimento e uso da tecnologia para potencializar a aprendizagem. O objetivo é ajudar pais e educadores a capacitar as crianças, para que elas prosperem e tenham sucesso na vida, construindo sua inteligência emocional e fortalecendo suas habilidades pessoais.
Como surgiu o Lightouch?
Tudo começou com Priscilla Zanatelli, COO da E-Create, Felipe Kinder, fundador e CEO da E-Create, e conversando sobre como a tecnologia estava afetando nossos filhos. Percebemos que as crianças eram imediatamente atraídas por celulares o tempo todo e, por isso, estava ficando difícil chamar a atenção deles.
Como pais, estávamos preocupados em como a tecnologia poderia afetar suas habilidades interpessoais no futuro. Além disso, percebemos que a sociedade está sendo construída de uma maneira que você tende a olhar mais para seus celulares em vez de interagir uns com os outros.
Começamos o brainstorming por causa dessa conversa e tínhamos um pensamento: e se criarmos algo para a inteligência emocional das crianças, que alavanca o interesse deles em dispositivos móveis? Nada disso existia no mercado até momento em que pensamos na ideia.
Foi quando eu decidi deixar minha própria empresa de arquitetura e ingressei no E-Create em razão desse projeto, que agora é chamado Lightouch.
Qual é a base ou metodologia do Lightouch?
Priscilla era pós-graduada em Estudos Transdisciplinares pela Universidade da Paz no Brasil, parceira da UNESCO. Foi assim que começamos a trabalhar no Lightouch e nos baseamos em nossos estudos. É crucial que tenhamos uma base científica ao lidar com a inteligência emocional.
Mais especificamente, baseamos nossa metodologia nos estudos de Pierre Weil. Ele discute muito sobre como não há indivíduo, natureza ou sociedade, mas que tudo é um todo. Enquanto as pessoas não perceberem isso, não teremos um ambiente construtivo para viver. Basicamente, ele estava engajando as pessoas a assumir a responsabilidade de suas ações e conseqüências. Essa ideologia é a base da Lightouch, para desenvolver a inteligência emocional e as habilidades sociais das crianças.
O que faz você decidir vir para o Canadá?
Primeiro, para entrar no mercado canadense, percebemos que teríamos que fazer um teste de MVP e um piloto, e tínhamos eles prontos. Em segundo lugar, o apoio do governo aqui no Canadá para empreendedores é incrível. A melhor parte é o fato de Toronto ser a cidade mais multicultural do mundo.
Depois de testar um aplicativo ou plataforma aqui, teremos um feedback muito mais rico, pois testamos onde há crianças de todo o mundo, de diferentes origens e culturas. Se tivermos um MVP bem-sucedido nesse ambiente diversificado, é 90% positivo que ele funcione globalmente.
No futuro, gostaríamos de adaptar o Lightouch a outras mídias, e uma delas possivelmente como uma série de desenhos animados. Você percebeu que nos bons desenhos animados eles têm a bandeira do Canadá no final? Isso ocorre porque a maioria deles é desenvolvida no Canadá. Isso mostra que o país investe na mídia para as crianças.
Pessoalmente, vim para Toronto 2-3 vezes durante todo o processo antes de decidir me mudar para cá com minha família. Desde que eu sempre quis dar à minha filha a oportunidade de morar no exterior, como na minha infância. Depois de passar algum tempo aqui, notei que o Canadá era o lugar em que eu queria que minha filha crescesse. Parece que tudo está se alinhando muito bem para mim profissional e pessoalmente.
Como está o processo até agora?
Decidimos continuar com o Programa Startup Visa porque acreditamos que ele abrirá mais portas para nós, em termos de oportunidades de negócios e de financiamento, já que existem algumas bolsas que você só pode acessar quando for uma residência permanente no Canadá.
Tivemos muita sorte em começar com as startups da América Latina. Miryam Lazarte é uma pessoa incrível e conhecida na comunidade tecnológica de Toronto por seus esforços e sua rede. Suas orientações e conexões tiveram um papel importante no crescimento da Lightouch no Canadá e no trabalho que será feito na inteligência emocional das crianças. Isso é muito valioso e sou grata por ter começado essa jornada com eles. A comunidade de startups da América Latina também foi muito útil durante todo o processo.
Fique de olho no lançamento do Lightouch!
Fonte da matéria e entrevista: https://latamstartups.org/
Entrevista de: LatAm Startups’ Marketing Assistant, Gabriela Latief
Site do App Lightouch: http://lightouch.me/